
À espera do que não chegou
Procurando encontrar um olhar
E o ônibus que não passou
Seu café não chegou à mesa
Nem sua companhia pro jantar
Continua sozinha e presa
Sem ninguém para lhe soltar
Os ponteiros se arrastam devagar
E o mundo parece ter parado
As horas parecem nem passar
O dia é mais que demorado
A paciência, afinal, se esgotou
Não era mais possível fingir
O café, pelo visto, esfriou
E a companhia parece não existir.
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