segunda-feira, dezembro 20, 2010

sábado, dezembro 18, 2010

Era um caminho escuro e tortuoso
Cheio de promessas não cumpridas
Tão repleto de planos frustrados
E de expectativas corroídas

Dentro daquele universo
Aquela sonhadora se perdeu
Sem rumo, sem saída
À tristeza ela se rendeu

Não lhe resta mais amor-próprio
Apenas a solidão de ser vazio
Em cada esquina, um desamor
A cada choro transborda um rio

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Ela demorou pra perceber
Suas rédeas em mãos alheias
Não era ela quem tinha o poder
De desviar daquelas ruas tão feias

Tapou os olhos, mas de nada adiantou
O ruído ainda entrava em seus ouvidos
"Vou acabar logo com isso!", ela pensou
Despertando seus desejos adormecidos.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Só queria que minhas palavras pudessem voar
Dançando pela madrugada fria e calma
E chegassem até você, num leve sussurrar
Acalentando seu coração e sua alma

Sem dor ou pranto para lhe atormentar
Só o amor e a esperança restariam
Um mundo inteiro começaria a brotar
Em frente aos olhos que antes sofriam

O Sol traria consigo toda a luz que se possa ver
Fazendo raiar um dia repleto de cores
Um dia para recomeçar a viver
Apagando de vez todas as dores.

terça-feira, outubro 19, 2010

Ouvindo Jeff cantar baixinho
E o computador a roncar
Vejo a vida passar devagarinho
Sinto minha cabeça latejar

Comprimidos, lâmina, punhal
Uma solução qualquer serviria
Para cessar essa dor infernal
Que me atormenta a cada dia

Uma vontade de não ser mais nada
E de ser tudo, ao mesmo tempo
De ser tragada pela madrugada
Virar fumaça misturada ao vento

quinta-feira, outubro 14, 2010

Borboleta encasulada
É crisálida, inerte e solitária
Engaiolada em si mesma
Na escuridão involuntária

Lagarta livre e rastejante
Foi deixada pelo trajeto
O que restou foi uma casca
E um coração inquieto

Em um lindo dia de Sol
E luz de imenso esplendor
Sua casca então se abrirá
Para seu espanto e louvor

Asas pesadas e úmidas
O vento poderá então secar
Espere então, paciente
Até que elas sirvam pra voar

É hora de aprumar as asas
E voar por toda a cidade
E viver só pra sentir
O doce sabor da liberdade

terça-feira, agosto 31, 2010

Meu corpo cansado estremece
Minha mente parece não aguentar
Essa dor que minha alma já conhece
Chega sem ter hora pra voltar

Perdi as crenças e ilusões
E não enxergo nada além do real
O que me resta são as canções
E este estranho vendaval

Uma dor que não tem começo
E que parece não ter fim
Às vezes até enlouqueço
E acho que foi feita pra mim